quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Submersos

Submersos

Estamos submersos nessa podridão,

Consigo sentir o cheiro,
É o lixo do alto escalão.

Espalha-se por todo corpo,
Deteriora o coração,
Aprendemos a condenar,
Não buscamos a melhora e a precaução.

Estamos Submersos
No meio da escuridão,
Não tem luz nem progressos,
É o fim da civilização.

As rezas e a oração,
Não dão conta da inundação,
Numa vida submersa inexiste chão.

Os últimos barcos que sobram,
São para os que podem pagar,
E para os que não concordam,
Só lhes resta se afogar.

Submersos no progresso.
Quanto mais evoluem,
Se afundam nesse mar.

Vivemos submersos
Em um mar de subversão,
Submersos, submersos;
Submersos até então.

No final a arca a voltar,
Submersos para a casa irão retornar.

(Compositor: Michel F.M.) 2005

3 comentários:

  1. Apesar de submersos, há sempre "Mais um Amanhecer"

    Abraço*

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  2. Voltarei para conhecer mais o seu trabalho...um blog me pareceu diferente do outro no que tange o contexto social.
    Gostei.

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