quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Unidos

Unidos

Estava ficando quente,

Não conseguia respirar,
Estava ficando escuro,
Eu precisava desabafar.

Não tinha mais ninguém,
Com quem pudesse conversar,
Estava muito nervoso
A ponto de estourar.

Porque tem que ser assim ?
Você estava tão perto de mim,
Porque tem que ter um fim ?
Você não sabe viver sem mim.

Só preciso de um tempo para esfriar,
Abaixar a cabeça e me perguntar:

- Porque eu estou aqui ?
Você não sabe me responder.
Por você eu iria até o fim do mundo,
Por você eu diria para todo mundo:

Porque tem que ser assim ?
Você estava tão perto de mim,
Porque tem que ter um fim ?
Você não sabe viver sem mim.

Diferenças sempre existirão,
Entre eu e você, ou nesse mundão.

Vamos lutar para sobreviver,
Contra esse mau que pode aparecer.
Nós somos fortes, nunca vamos nos render.
Estamos Unidos, Unidos para sempre.

(Compositor: Michel F.M.) © 2003

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Descobrimento (Versão Tupi)

Descobrimento (Versão Tupi)

No ano de 1.500,
Roubaram uma grande terra,
Dizendo que o descobrimento
Traria a evolução.

Quando conquistaram a meta,
Trouxeram a destruição,
E com a conquista inédita,
A devastação e a corrupção.

Através de bebidas e truques,
Compraram o povo da selva,
Que até então, tinha feito a coisa certa.

Levamos 500 anos,
Para chegarmos a onde estamos,
E levaremos no mínimo 1.000,
Para mudarmos a realidade do nosso Brasil.

Os índios que são boa gente,
Aceitaram os insolentes,
Que roubaram seu solo
E destruíram seu lar,
Trocaram o ouro por presentes,
Que poluíram a cultura indígena.

Com o abuso e a difamação,
Acertaram o peito dos nossos irmãos,
Derrubando uma crença de anos,
Construindo igrejas e quartéis,
Usando o nome de Deus em vão,
Estuprando as índias e se dizendo fiéis.

Existe aquele ditado,
Achado não é roubado,
E os milhões de índios mortos,
Um detalhe para ser apagado.

Mas isso não vai ficar assim,
Os índios são mártires,
Do nosso amado país !

Levamos 500 anos,
Para chegarmos a onde estamos,
E levaremos no mínimo 1.000,
Para mudarmos a realidade do nosso Brasil.

Levante as mãos e bata palma,
Porque não resta nada além da nossa alma,
Levante as mãos se você puder,
Porque sobrou apenas a nossa fé.

(Compositor: Michel F.M.) © 2005

domingo, 14 de novembro de 2010

Meu primeiro Amor

Meu primeiro Amor

Inúmeras vezes me lembrei,
Passagens que vivenciei,
E me lembro de uma coisa,
Numa noite em que sonhei,
Que você era uma flor,
Que era meu primeiro amor.

Você foi a minha flor,
Meu delírio, minha dor,
Foi o meu primeiro amor.

Numa noite de alvor,
Só as galáxias e nós dois,
Sem cautela, sem rancor,
Os enigmas pra depois,

Você foi a minha flor,
Meu delírio, minha dor,
Foi o meu primeiro amor.

Quando a noite esgotou,
Nosso sonho findou,
Você foi e não tornou.

Quando olho para a flor,
Lembro-me a quem compor,
Componho ao meu primeiro amor.

Você foi a minha flor,
Meu delírio, minha dor,
Foi o meu primeiro amor.

(Compositor: Michel F.M.) © 2005

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Coloque na balança

Coloque na balança

Todo o bem tem um pouco de mal,
Todo o mal tem um pouco de bem,
Nada é pra sempre, nada é além,
Tudo na Terra é de alguém,
Mas a nossa terra não é de ninguém.
Como se explica uma coisa assim ?
A humanidade é pergunta sem fim.

A soma do bem subtrai pelo mal,
E o que sobra é coisa banal.

Cabeça limpa produz mais ação,
Não deixe as idéias ficar como estão,
A preocupação nunca salvou ninguém,
De quebrar a cara nesse mundo sem lei.

Canalize a sua antipatia,
Transforme isso em alegria,
E com um toque de sabedoria,
Muita coisa você pode alterar.
Eu não sei se eu cheguei
A uma conclusão do que isso vem a ser.

É uma intenção que vem com o bem,
Eu já entendi, eu já captei,
Não tem religião, não tem cor, não tem lei.
Todo o bem tem um pouco de mal,
Todo o mal tem um pouco de bem.

A soma do bem subtrai pelo mal,
E o que sobra é coisa banal.

(Compositor: Michel F.M.) © 2005

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Razão do meu Viver

A Razão do meu Viver

Quando eu a vi, sentada lá no canto,
Foi quando percebi, em seu rosto um espanto.
Ela estava lá parada, ela era um encanto,
Quando olhou pra mim, derramou-se em prantos.

Ela parecia um anjo, ela era diferente,
Era muito bonita e inteligente.
Às vezes eu paro e penso como seria sem ela,
Eu não viveria sem a minha Cinderela.

Você não pensa em mim, só eu em você,
Quero te ver, não posso te perder,
Você é a razão do meu viver.

Você é muito legal e um pouco inconseqüente.
Fala sem pensar, acaba magoando a gente.
Não sabe conversar e quando fala
Só consegue machucar.

Mas isso agora não importa mais,
Eu não quero nem saber,
Só sei de uma coisa, eu amo você.

Você tem esse seu jeito
Estranho de ser, mas eu amo você.
Vamos ficar juntos, só eu e você,
Você é a razão do meu viver.

(Compositor: Michel F.M.) © 2003

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Por um momento

Por um momento

Faz mesmo, muito tempo,
Não quero ter lembranças dos maus momentos,
Só vou preservar os meus sentimentos.

As coisas que vivemos me fizeram crescer,
Esteve do meu lado enquanto pode,
E quando não cabia mais, ainda coube.

Mas faz tanto tempo,
Que parei de escutar meu pensamento,
Só guardei no peito o sentimento,
De um dia ter te amado por um momento.

Não me desgasto com poucas coisas,
Nunca me esqueço do que me ensinou,
A cada momento só guardo as boas,
Assim não me esqueço de quem eu sou.

O destino foi cruel e nos separou,
Os nossos planos, tudo acabou.

Vivemos nosso amor em um momento,
No qual muitos não vivem nem todo tempo,
A nossa união foi dividida,

No entanto amamos mais do que em uma vida.

Mas faz tanto tempo,
Que parei de escutar meu pensamento,
Só guardei no peito o sentimento,
De um dia ter te amado por um momento.

(Composição: Michel F.M.) © 2005

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Elefante Branco

O Elefante Branco

Tão extinta quanto,

O Elefante Branco,
Está a nossa liberdade.
Somos controlados pela mídia,
Confundimos mentira com verdade.

Absorvemos tantas coisas erradas,
Que julgamos tudo correto,
As pessoas vivem tão mal amadas,
Que nada mais é concreto.

Importante é valorizar,
O que a vida nos faz desprezar,

Muitas vezes pensamos
Que a força é o poder,

Mas pessoas sem poder
Podem ter força e vencer.


Não existem diferenças,
Somos nós que as criamos,

Para afastarmos as pessoas
A quem mais amamos.


Com tudo o que nos induziu,
Mudamos nosso modo de pensar,
Todas as mudanças que a gente viu,
Nos deixaram fracos para lutar.

Agora o povo não é mais tão franco,
Perdeu a coragem de se expressar,
Tão extintos quanto o Elefante Branco,
São homens e mulheres que tentam enfrentar.

Devemos libertar a nossa mente,
Dessa corrente
Que prendeu tanta gente
E nos fez fracassar.


Somos tão fortes e tão grandes
Quanto o Elefante Branco,

Mas sozinhos não podemos caminhar.

O Elefante Branco
Só quer viver,

E a corrente,
Na nossa mente,
Nos fez esquecer.


(Composição: Michel F.M.) © 2005

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Caipira Globalizado

Caipira Globalizado

Eu sou descendente

De italiano, alemão e espanhol,
Eu num sei falá ingreis,
Mando um poco de portunhol,
Curto a China e os japoneis,
Eu sô fã de beisibol.

Tecnologias,
Que eu encontro
Eu compro.
Afinal esse talão de cheques,
Tem o seu conforto.

Tenho um sotaque,
Um que não se esconde,
Num sei usar os éssess,
Mas vivo como um conde.

Apesar de eu não ser culto,
A experiência vale um monte.

Eu sou caipira do interior,
De São Paulo ou Minas,
Seja de onde for.

Tanta palhaçada, usando o caipira,
Essa raça é nata e quero vê quem tira,
Todo mundo critica e ninguém dá valor,
Mas a raiz que fica é a do interior.

(Compositor: Michel F.M.) 2005